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26-08-2002 - Noticia
Segurança 27 - Velocidade
Click para ampliarSer velho, aham ... , enfim... não muito velho, um bocadinho mais velho ( pronto ), pode ser uma coisa boa. Desde logo é sinal claro que sobrevivemos e já ultrapassámos a faixa etária de maior risco de acidente [os jovens (in)conscientes nas suas cinquentinhas *], o que é bom e, por outro lado, confere-nos uma diferente perspectiva da vida (quase cheira a La Palisse) e das suas condições.

E tem mesmo o estranho efeito de nos aumentar a apetência pelo estado de vivo e inteiro ( em estrangeiro “alive & kicking” ). Vem isto a propósito de quê ? Pois, como diria Serafim Saudade, da “diálise” entre velocidade e segurança. Não se trata de fazer o discurso do excesso de velocidade nem de aconselhar a andar devagar. Aliás, a questão não se coloca nesses termos. Até posso ir a conduzir devagar (conceito algo abrangente e passível de discussão posterior) e ainda assim não rolar em segurança.

Click para ampliarA questão é unicamente esta: controlar a velocidade em cada momento de maneira a que a condução se realize em segurança. E o que quer dizer segurança ? Quer dizer que não constituo um risco acrescido para mim ou para os outros e que, em condições normais e mesmo dando o desconto a um certo número de imponderáveis, a probabilidade de nenhum acidente acontecer comigo ou por minha causa é grande. É claro que posso conduzir à doida e não acontecer acidente nenhum. A isso chama-se sorte e nós estamos a falar de controlar o destino ( até ao máximo das nossas possibilidades ) e não de o colocar nas mãos do acaso.

Click para ampliarSe nos lembrar-mos daquela consideração acerca da capacidade de aderência dos pneus ( aquela acerca de ter limites ) compreenderemos que circular a 30 km/h não é exactamente o mesmo que circular a 120 km/h, especialmente se nos vemos confrontados com a imperiosa necessidade de travar. Dizem as estatísticas que a uma velocidade de 48 km/h eu vou gastar 14 metros para imobilizar a minha mota. Mas se circular a, sensivelmente, o dobro dessa velocidade eu não vou gastar 28 metros mas sim 55 metros para conseguir parar. Ou seja, enquanto a velocidade duplica, a distância que gastamos para travar quadruplica. Giro, não é ?

E isto em condições óptimas, desconsiderando qualquer azelhice ou menor capacidade nossa, ou mesmo o tempo que demorarmos a reagir, que pode variar muito. Por isso considerem que nós, simples mortais, vamos gastar mais do que 14 ou 55 metros para travar àquelas velocidades. Por aqui já podem ir concluindo pela importância do treino da travagem.

Click para ampliarEscolham um troço definitivamente sem movimento e aprendam a conhecer a capacidade de travagem de que dispõem, ou seja, aprendam a conhecer não apenas a capacidade de travagem da moto ( com as pastilhas, os pneus e os cabos que tem ) mas também a vossa. E através do treino, melhorem esta última ao máximo. E levem já esta como lembrete: o segredo não está em apertar bruscamente a manete e o pedal até ao fim. Isso qualquer um sabe fazer ... e ir ao chão quando algum dos pneus perder aderência.

Jorge Macieira

Advogado, Mediador de Conflitos e motociclista

Advogado Moto-Lex Bonus Pater familias Boletim Facebook Google +

Índice
01 - Paixão e prevenção
02 - O motociclista
03 - o motociclo
04 - Atitude
05 - Concentração e percepção I
06 - Concentração e percepção II
07 - Conforto I (posição de condução)
08 - Conforto II (Frio)
09 - Conforto III (Calor)
10 - Conforto IV (Vento)
11 - Conforto V (Chuva)
12 - Visão e percepção
13 - Ver e ser visto
14 - Sinalização
15 - Visão - Perigos fixos
16 - Visão - Perigos móveis
17 - Raciocínio e prevenção
18 - Negociação (decisões, decisões...)
19 - Aceleração
20 - Travagem
21 - Travagem II (a redução)
22 - Ultrapassagem
23 - Curva
24 - 2 segundos para uma vida
25 - Condução em grupo
26 - Bagagem
27 - Velocidade
28 - Condução com pendura
29 - Acidente - que fazer ? (o próprio)
30 - Acidente - que fazer ? (os outros)
31 - Condução nocturna
32 - Condução urbana I
33 - Condução urbana II
34 - Viagem
35 - Situações de perigo
36 - Armadilhas urbanas
37 - As motos também se deitam (e levantam)
38 - O furo da minha vida
39 - Prendam essa moto
40 - As mais estúpidas idas ao tapete
 
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