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14-10-2002 -
Noticia |
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Segurança 38 - O
furo da minha vida |
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Como as quedas,
também os furos constituem uma realidade
inelutável da condução de motociclo. Mais tarde
ou mais cedo ele acontecerá e quando acontecer
esteja preparado para ele. Primeiro saiba que,
ao invés dos automóveis, as motas não carregam
consigo (à excepção das antigas Vespa e Zundapp)
pneu sobresselente.
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Mudar um pneu, ademais
requer maquinaria um pouco mais complicada que
um simples macaco e uma chave de T. Implica
retirar o pneu da jante e colocar outro, ou o
mesmo já reparado, no lugar. E para retirar a
jante torna-se necessário desmontar os travões
dianteiros ou o traseiro e descolocar a corrente
de transmissão e, em ambos casos o eixo.
Então, questionam-se os mais novos, ter
um furo é o mesmo que gripar o motor. Ficamos
com a mota parada. Pois não senhor não ficamos.
Se estivermos preparados para esta
eventualidade. Evidentemente que a melhor
reparação será efectuada numa oficina e se
pudermos imobilizar a moto e levá-la a uma,
melhor.
Isto porque a melhor das
reparações é realizada a partir do interior do
pneu (hoje em dia já quase não há câmaras de ar,
são tudo tubeless, i.e. o ar é retido pelo
próprio pneu. Colocar uma espécie de tacha em
borracha a partir do interior é, de facto a
melhor solução e a que menos perigo envolve em
relação aquele furo.
Mas, se não puder,
por qualquer razão quedar-se pelo local do furo
existem outras soluções de recurso (note, eu
estou a dizer, de recurso):
O spray
tapa-furos – trata-se de uma lata igual a
qualquer lata de spray, contendo um liquido
borrachoso e ar que cumprem a dupla função de
tapar o buraco e encher o pneu. É o método mais
prático já que envolve apenas a adaptação da
ponta do tubo que vem junto com a lata ao pipo
do pneu e descarregar o seu interior para dentro
do pneumático. Sem demora deverá o pneu executar
uma série de revoluções por forma a que o
liquido borrachoso se espalhe no interior das
paredes do pneu e tape o furo. Contra-indicação
é o facto de desequilibrar a roda pois que o
liquido não se espalha de forma uniforme. Dizem
os puristas que é pneu estragado e a substituir.
O taco de borracha – vendido em kits
constituídos, normalmente por um cordão de
borracha envolto em cola, uma agulha enorme a
lembrar as fada-do-lar, um furador em espiral e
um tubo de cola, a par de umas garrafinha de ar
comprimido esta é a alternativa do-it-yourself
que, bem realizada, permite a continuada
utilização do pneu.. Depois de retirar o objecto
cortante ou perfurante, há que alargar, com
ajuda do furador. o diâmetro do furo para algo
menor que o do cordão de borracha cuja ponta aí
será inserida com a ajuda da agulha. Depois de
colocado, o excedente é cortado e o uso
encarrega-se de o vulcanizar.
A única
boa solução, porém, a única solução segura, é
outro pneu. Nada, nem mesmo o preço de um pneu
novo (para cima de € 90) é superior à nossa
segurança pelo que se recomenda. Se ainda assim
acha que um furo não é causa de morte para um
pneu saiba que os fabricantes imediamente
revogam as suas garantias após furo do pneu.
Dizem os especialistas que não se pode colocar
mais do que um taco por quadrante de pneu e que
nenhum pneu deve ter mais do que dois tacos
colocados.
Jorge
Macieira
Advogado, Mediador de Conflitos e motociclista
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