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21-10-2002 -
Noticia |
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Segurança 39 -
Prendam essa moto |
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É frequente receber
notícias de alguma moto ter sido retirada ao
convívio do seu legal proprietário. Algumas
vezes com requintes de malvadez, com a
utilização de meios mais capazes, vários
indivíduos, camioneta de caixa fechada, enfim,
profissionais a sério. A maior parte, porém,
trata-se apenas de ladrões de ocasião.
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E a ocasião é
normalmente fomentada pelo utilizador que deixou
a montada, confiando não se sabe bem em quê,
isenta de qualquer tipo de tranca, cadeado ou
corrente. Ora, sem querer ofender ninguém,
parece-nos algo ingénuo afastarmo-nos da nossa
moto um metro que seja por qualquer período de
tempo sem a dotar de qualquer tipo de dissuasor
de furto.
Não tenhamos
ilusões, especialmente nos grandes centros
urbanos, ladrões há muitos. A maioria não detém
grandes meios e depende da nossa falta de
cuidado para sobreviver. Deixar a moto em cima
do passeio unicamente com a direcção trancada
porque só vamos de um pulo a uma loja comprar
qualquer coisa ou a um segundo andar entregar ou
buscar o que seja é insuficiente. No mínimo
impõe-se um cadeado de disco. O seu preço, não
sendo exactamente barato (pelo menos os de
qualidade), não têm nada a ver sequer com a
franquia de um seguro cobrindo o furto. Devem
ser de qualidade para assegurar a resistência da
fechadura e da sua combinação bem como a dureza
do material impedindo o seu corte por qualquer
tipo de ferramenta.
Outros
imobilizadores existem, desde correntes e
similares que permitem não apenas imobilizar a
roda como também criar um elo com elementos
fixos como postes, árvores, ou móveis como
outras motos, até trancas de elevada robustez e
resistência. A instalação de um alarme sonoro
não é de enjeitar mas como complemento dos meios
de imobilização. Um que faça barulho e accione
os piscas para identificar imediatamente o
objecto de desejo e espantar as más intenções.
Aos
profissionais é difícil resistir. Levarão
qualquer moto de qualquer lugar, tudo dependendo
da quantidade de tempo que dispuserem para o
fazer e do risco e lucro que a empreitada lhes
trouxer. Quanto a estes, o que há a fazer é
colocar suficientes entraves para tornar pouco
apetecível a sua subtracção.
Na rua, ter
sempre a moto agarrada a um objecto imóvel, seja
um poste seja um gradeamento. De noite guardá-la
em garagem, pública ou privada, ajuda bastante
mas se dispuser de um imóvel a que agarrar a
moto (uma argola de aço chantada no chão de
cimento, por ex.) estará a diminuir a hipóteses
de ser apartado dela contra sua vontade. Se
instalar um detector com GPS (o mesmo sistema
que se utiliza para navegar no alto mar ou no
deserto) as hipóteses de recuperação também se
revelam acrescidas.
Se estiver de viagem
ou de visita a local que não seja o de sua
residência fique sabendo que sem moto as coisas
não serão mais as mesmas. Provavelmente ficam
estragadas. Especial cuidado com a segurança da
moto, não apenas contra furtos mas também
vandalismo.
Jorge
Macieira
Advogado, Mediador de Conflitos e motociclista
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